O tempo que antecedeu a viagem foram momentos complicados, pois queríamos levar todos os componentes que se comprometeram a ir para o festival. Afinal de contas, desde o nosso último festival na Lituânia em 2007 até este, não tivemos muito tempo para as nossas atividades.
Fizemos vários jantares, almoço, bingo, estandes - tudo para poder ter dinheiro em caixa para aliviar os integrantes do grupo que iriam viajar. E sempre vamos agradecer a todos que confiaram no nosso trabalho, na nossa seriedade e contribuíram para que o grupo conseguisse completar mais esta meta.
Enfim, tudo pronto, lá fomos nós para mais uma empreitada: preparados e confiantes.
O começo da nossa viagem foi uma aventura, pois por problemas de atraso do vôo na saída do Brasil, perdemos a conexão para Vilnius em Frankfurt e tivemos que nos organizar para conseguir chegar na Lituânia com os nossos 21 componentes.
Mas nem disso dá para reclamar, pois apesar de tudo ainda tivemos um lindo jantar sob a linda lua que brilhava à meia noite em Frankfurt.
O grupo estava ansioso para iniciar os ensaios, pois com o atraso do vôo, não houve tempo para se adequar ao local e ao novo fuso horário.

Primeiro de julho, 9 horas, Vingio Parkas, o grupo estava lá para por em prática tudo aquilo que fora ensaiado para a maior de todas as Dainu Svente.
E como já esperávamos, os ensaios foram duros. As coordenadoras eram ao mesmo tempo terríveis e maravilhosas. Terríveis com os dançarinos e maravilhosas idealizadoras de coreografias tão complexas.
Desta vez a chuva não prejudicou os ensaios, em compensação, o sol inclemente castigou um pouco os dançarinos. Mas estávamos determinados a completar e bem a nossa missão. Os ensaios foram duros e demorados, muitas vezes das 8h às 20 h.
A interação com os outros grupos, que desta vez estavam em número muito maior, foi uma experiência muito boa, aprendemos e ensinamos, aumentamos o nosso conhecimento, melhoramos as nossas qualidades e analisamos nossas deficiências, enfim, foi gratificante.
Finalmente chegou o grande dia, o ato extraordinário.
O grupo estava lá, preparado e vestido de acordo com as determinações da organização, ansioso para começar a realizar aquilo que tanto ensaiara.
E tudo foi maravilhoso. O tempo ajudou, a platéia estava admirável e os dançarinos concentrados. A festa aconteceu num clima de grande afeto entre os dançarinos e o público, um respeito muito grande. E terminou com uma grande comemoração onde todos se misturaram formando um só sonho, um só coração.
Aliás, junto com aquele imenso público que superlotava o estádio estavam lituanos muito mais próximos de nós: Roberto e Helena Bratkauskis, Vytautas/Eugênia Bacevicius, Cláudio Butkevicius, Solange Mikalauskas Sanches, Patrícia Wissinievski, Juozas Kupstaitis, Alex Slizys e as famílias de Miriam Navickis e Josas Volavicius.
No dia seguinte, ainda com os pensamentos voltados para a grande Festa, o grupo participou da Grande Parada dos grupos da Dainu Svente que consistia numa caminhada da Catedral no centro de Vilnius até o Vingio Parkas. Fomos muito bem recebidos e o público gritava: "Brazilija" durante todo o percurso.