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HISTÓRIA
Sob o Império Russo
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Vilnius no século XIX |
Um duro golpe foi desferido no século XIX, embora no começo fosse de uma calma enganosa. Em 1803, a universidade concordou com a mudança de nome para Universidade Imperial e Vilnius continuou sozinha a preservar as marcas de seu passado majestoso: era a terceira maior cidade ( depois de Moscou e São Petersburgo) no Império Russo. Embora, uma mudança de direção estivesse iminente: ela veio em 1812, com a campanha de Napoleão contra a Rússia. Os franceses foram recebidos na Lituânia como libertadores, e foram apoiados e até mesmo reverenciados em círculos da alta sociedade. A rápida retirada dos franceses que se seguiu, seria o prelúdio de um desastre.
Seguindo a campanha de Napoleão, o czar Nicolau I iniciou uma nova política: as autoridades de ocupação começaram a "russificar" o país com muita velocidade e transformá-lo em uma província do interior. Juntamente com os poloneses, os lituanos revoltaram-se contra os invasores em duas ocasiões, em 1831 e 1863, mas as revoltas trouxeram derrotas dolorosas. As conseqüências foram realmente tristes: a Universidade de Vilnius e outras instituições de ensino de alto nível foram fechadas e a influência da Igreja Católica foi restringida, todos os mosteiros fechados e a religião Ortodoxa Russa foi declarada como religião do Estado. Não era permitido aos lituanos: comprar terras, erguer cruzes e novas igrejas. Os séculos passados ligando a Lituânia à Europa Central e do Oeste foram cortados nas raízes. As primeiras deportações de "boyars" lituanos e camponeses para a Sibéria foram iniciadas.
Em 1864, o idioma lituano e seu alfabeto latino foram banidos. O lituano com alfabeto russo foi introduzido. A vida cultural do país entrou em estado de paralisia.
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Dr. Jonas Banasavicius Patriarca do Renascimento da Lituânia |
A Lituânia começou a recuperar-se somente no final do século XIX, período conhecido como "primavera das nações". Um esforço pela cultura nacional e a restituição da escrita espalharam-se pela maior parte do país. Um único movimento, os "livreiros" ("knygnesiai") surgiram através da auto-educação e um interesse por sobrevivência. Livros lituanos com alfabeto latino foram impressos na Lituânia Menor, Prússia, sob jurisdição alemã, e ilegalmente transportados para a Lituânia Maior. O movimento "livreiros" promoveu o movimento "a escola no lar" e o aparecimento de professores autodidatas. No curso de muitas décadas, o grau de aptidão literária e a consciência nacional aumentou enormemente através de todo país. Em 1883, Dr. Jonas Basanavicius organizou a publicação do primeiro periódico, Ausra ( Alvorada), que era distribuído ilegalmente. O poder das pessoas educadas cresceu rapidamente. Um número crescente de estudantes que tinham se graduado em universidades na Rússia, Polônia e no Oeste, juntaram-se ao movimento de renascimento nacional.
Em 1904, representantes lituanos manobraram para vencer por meios legais o banimento de publicações lituanas e instituições educacionais.
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No início do século XX, o movimento nacionalista tornou-se tão intenso que em 1905 a Grande Assembléia de Vilnius (Didysis Vilniaus Seimas), que tinha formulado as necessidades da autonomia da Lituânia, estava apta para reunir-se. Os representantes lituanos foram também eleitos para o recém formado Parlamento Russo, O Duma, onde eles defenderiam seus direitos com a sempre crescente ousadia.
No começo da 1ª Guerra Mundial, a Lituânia logo foi ocupada pela Alemanha.
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Conselho da Lituânia, 16.2.1918 Declaração da Restauração da Independência da Lituânia |
Com o fim da guerra à vista, os representantes lituanos de todas as partes do país, aproveitando-se de um momento político favorável, estavam reunidos em Vilnius em setembro de 1917 em uma conferência. Os 20 membros eleitos do Conselho da Lituânia proclamaram a restituição do Estado Independente da Lituânia em 16 de fevereiro de 1918, ainda que o Exército Alemão e as autoridades ainda estivessem no controle do país.
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